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sábado, 13 de outubro de 2012

E lá vão...na manifestação

E lá passam os artistas na rua, contra o desemprego e contra tudo o que é prejudicial à saúde.
Ser artista é difícil  mas nunca o foi tanto como agora se vê. Claro que quem tem muito talento e luta pelos seus sonhos irá sempre encontrar emprego, mas nem todos somos um Mozart ou um Saramago.

Dar música ao governo é a palavra de ordem, mas não será a música apenas mais uma maneira de os deixar animados, afinal, alguém com tão poucos princípios morais tem que conseguir denegrir-se a si próprio...já que tanto denegri os outros.

Não que a violência seja solução, que os músicos tenham que tocar bateria nos escudos da policia ou que os escritores e pintores tenham de usar os pincéis das suas artes para perfurar coletes anti bala, mas tirando o 25 de Abril, que demorou bem mais a ser planeado do que devia, não houve nenhuma boa revolução que fosse resolvida sem alguma pancada.

Perguntamos...o que fariam os franceses? Nada, provavelmente...mas os estudantes franceses talvez tivessem uma palavra a dizer sobre isto ou talvez até nos deixassem pior.
De qualquer maneira, hoje saem os artistas que têm a beleza do mundo em si, um dia hão de sair os estudantes que inexperientes querem mais do seu futuro.

E que há de acontecer? Tudo vai ficar igual, até porque se fossem para lá outros seria o mesmo e se fossemos para lá nós seria igual ou pior, mesmo entendendo nós muito mais que os mentirosos de profissão que forram as cadeiras do parlamento.

Por isso que saiam os artistas, os operários e os reformados que quando os políticos aparecerem nos livros de história dos nossos bisnetos (seja do lado bom ou do mau) vamos ver se mudou alguma coisa num país e num mundo onde todos já percebemos que injustiça é lei e justiça é utopia.

Vive la Resistance!

* isto não é um apelo às armas de qualquer espécie, mas sim uma reflexão sobre o que tem vindo a acontecer.

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