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domingo, 14 de outubro de 2012

A queda do papel


Os livros têm um lugar marcado no topo da educação há muito tempo e esse mesmo estará garantido durante algum tempo, pelo menos aqui em Portugal.
Em termos de literatura, tudo parece estar a deteriorar-se.
Os romances e policiais parecem estar um pouco esquecidos, este ano, já que os livros eróticos ocuparam os lugares de topo numa moda que não irá durar muito. Irão voltar as fantasias infanto-juvenis e os romances baseados em factos reais que "dão cabo" da religião, mas por agora tirando esses famosos livros que falam sobre sadomasoquismo e que têm recebido a alcunha de "Mommy Porn" as editoras parecem estar paradas.
Nada poderá ser tão bom como o cheiro do papel, o contacto que o leitor tem com as páginas e que tornam as histórias tão mais deliciosas e até a sensação de velho( ou novo) que a capa pode transmitir. O problema é que há medida que as empresas que têm ligações à informática vão nascendo para o mundo da literatura levam os livros para o meio digital, facilmente encontrados na internet e que retira grande trabalho às editoras e dinheiro aos autores que tanto lutam na difícil vida de escritor.

Os novos aparelhos têm vários estilos, feitios, luz ajustável e páginas que se viram por si próprias ao fim de um tempo seleccionado. Um argumento a favor destes seriam as árvores salvas o que faria muitos ambientalistas corarem, mas não será o verdadeiro papel algo insubstituível? Não dará mais prazer segurar em quinhentas páginas de papel do que num fino pedaço de metal?

E estão agora as feiras do livro às moscas, onde apenas os verdadeiros apaixonados sobrevivem e as editoras desesperam à procura de algo que traga de volta o papel.

Viva o verdadeiro livro e la Resistance!

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