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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Mexam-se...eu posso ser muito chato! Mexam-se!

Começo a preocupar-me com a inaptidão desta gente. Não de toda, ainda há algumas pessoas que se conseguem safar do molho ou pelo menos presumo que haja, não são assim tão fáceis de encontrar.
O que vejo quando olho pela janela (e aqui vamos considerar a janela o ecrã para que estou agora a olhar e a televisão) é de certa forma assustador e reconfortante, mas deixem-me por os pontos nos is e se calhar até os faço em forma de coração.

A panorâmica geral do país é a de protesto. Todos os dias há algo ou alguém novo a protestar em frente da assembleia da república, a tentar não ser vencido e a dar aos policias um strip bastante público.
Isto mostra-me que o inverno vai ser frio, mas que ainda há gente a correr para aquecer.

Com o estado do nosso querido e degradado estado eu percebo os protestos e estou, como a maioria das pessoas, bastante consternado com a perspectiva de um futuro que me irá dar bastante mais que um enxaqueca (se bem que se retirarmos o "enxa" da palavra até nem me importaria muito), no entanto, dou por mim a pensar se o tempo do pessoal acabado de licenciar e dos que nem na universidade se meteram não seria melhor empregue na tentativa de criarem o seu futuro à margem dos padrões normais de sucesso.

É muito fácil ser médico, o CEO de uma grande empresa ou até o melhor engenheiro do programa espacial europeu, para isso basta pegar nos livros, estudar bastante e ter uns quantos contactos.
O que é mais difícil é fazer como uma minoria que cada vez fica mais pequena, ter uma ideia original, engendrar uma forma de a pôr em prática e surpreender o mundo de consumidores em que vivemos.

Um dia alguém me disse esta frase: "Diz não ao mestre".
Por isso senhores e senhoras manifestantes, se ainda não se aperceberam dessa vossa efémera demanda de tentar mudar alguma coisa no governo, vão para casa, pensem e façam aquilo que um dia alguém me disse.

André Moreira, LaResistance

Vive la Resistance!

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