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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Pobrezinha da Leya


Apesar de gostar de saber que também no mundo da edição existem os maléficos monopólios, tenho uma pontinha de tristeza por esta editora/grupo editorial/junção de pequenas e diferentes ideias que tentam continuar a conviver.
Não só porque já visitei as instalações várias vezes, mas também porque me deu muitos dos livros que me marcaram e continuava a premiar uns tantos escritores de vez em quando, apesar de nada sua maioria, depois do prémio, deles não se ouvir falar grande coisa.
O que é certo, é que dois dos grandes nomes portugueses que iam valendo bom dinheiro e um gráfico de vendas que teimava em se manter mais ou menos constante, apesar de na sua maioria serem comprados por estudantes que não queriam apreciar a obra mas "lá tinha que ser", saíram da editora.
Primeiro foram as herdeiras do nosso, para lá da fronteira da morte e do país, José Saramago que se zangaram com a editora do prémio Nobel e decidiram terminar o contrato tendo até já encontrado um novo e com certeza mais apelativo na principal editora do meu Porto.
Depois foi o senhor Miguel Sousa Tavares que se decidiu a sair da Leya, o que é interessante, muito interessante. Serão cortes nos ganhos das vendas? Agentes literários estúpidos? Ou estará a Leya a sofrer com alguns dos supostos "easy money books" trazidos do estrangeiro?
Não sei, não faço ideia, nem quero saber. Apenas sei que existem muito melhores editoras neste nosso Portugal que tentam publicar mais do que já é garantido e tentam dar ao mundo o nome de grandes e novos talentos portugueses. Pena que muitas delas não tenham a mesma capacidade de chegar às livrarias e os fundos suficientes para um bocadinho de publicidade e sim, Porto Editora, também não te escapas a esta critica que és igual, se bem que menos latente.
Infelizmente a Leya vai continuar a ter aquela absurda quantidade de dinheiro e continuar a fazer as mesmas coisas que sempre fez.

Vive la Resistance!

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