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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Não ao acordo ortográfico!

Isto é um assunto que me incomoda bastante. Desde que o acordo ortográfico foi pensado que tenho tido assim uns arrepios esquisitos, deve ser um sexto sentido qualquer.
Mas vamos esclarecer isto.

Quem lê o blog deve ter já reparado que o acordo ortográfico não é usado. E ainda bem.

Em que país é que nasci? Em que país é que a maioria dos portugueses nasceram?
Sim, ao longo dos anos o português tem sofrido diversas mudanças a nível de escrita e pronúncia, mas nunca pensei que fosse criado um acordo que deteriorasse a língua.
Compreendo que seja para facilitar a comunicação entre os PALOP e todos aqueles que falam português internacionalmente, mas considerando que a língua portuguesa foi por nós levada para África e América do Sul talvez fosse mais plausível  que eles se adaptassem à nossa maneira de escrever para podermos manter o "esplendor de Portugal".
Porque não é a educação deles alterada em vez da nossa? Porque não são as antigas colónias a adaptarem-se e sim a casa da língua portuguesa?
É um pouco revoltante certo?

As nossas maiores obras literárias foram escritas com o português que nos ensinaram na escola, a beleza da língua provém desse mesmo estilo, até a inutilidade de alguns caracteres lhe confere alguma beleza, não é compreensível que nos tenhamos tornado praticamente brasileiros.

Se para estar ligado ao mundo preciso de alterar a forma como escrevo, prefiro o exilo!

Por estas razões o acordo ortográfico não está aqui em vigor e irá continuar a não estar já que irei sempre gostar de escrever palavras como facto, contracepção, correcção, etc.

André Moreira, LaResistance

Vive la Resistance!

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