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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Na Alemanha Nazi talvez até fossem porreiros

Pessoalmente e como cidadão deste degradado planeta a que chamamos terra, se tivesse o infortúnio de durante os anos 30 e 40 me encontrar na Alemanha e não tivesse qualquer possibilidade de fuga, o mais provável, seria que me convertesse ao nazismo e o aceitasse como a lei suprema para o sucesso da raça ariana.
Talvez até gritasse entusiasmado nas paradas militares, esticasse o braço e a mão como faziam na altura os admiradores da mente de Hitler, talvez até me alistasse no exército de boa vontade!
Seria minha a culpa? 
A resposta é simples, não.
Claro que todos aqueles que tiveram um papel fundamental ou até mesmo insignificante na demanda de erradicação dos judeus, negros, deficientes e outros deveriam ser responsabilizados pelas suas acções, mas estando sujeitos a uma pressão inerente para aderir ao modo de pensar da maioria da população alemã e sendo constantemente bombardeados com propaganda "pro-xenofobia"  essas pessoas provavelmente não conseguiram levar-se a pensar de outra maneira senão aquela que lhes ordenavam. Especialmente se se tratassem de crianças e adolescentes, como aqueles que se juntaram à juventude Hitleriana e que lutaram fanaticamente nas ruas de Berlim quando a sua cidade foi invadida.
Muitos tiveram a sorte de conseguir fugir e vários homens de poder conseguiram contrariar as suas ordens chegando mesmo alguns a levar a cabo operações para retirar Hitler do poder.
No entanto, vistas bem as coisas, poderá ter havido uma grande parte da população que não compreendendo bem o nazismo, terá sido levada a cumprir actos de extremas crueldade pensando que aquilo que estavam a fazer salvaria o seu mundo e a sua espécie.

E não é que estou a dar a definição exacta de nazismo? 

Bem... digamos que realmente essas pessoas acreditavam na doutrina daquele que para eles era não só uma figura de poder mas também possivelmente um salvador e um messias.
Não estando eles cientes daquilo que faziam tendo aderido ao nazismo não através do pensamento e da análise de argumentos mas sim incutidos a tal corrente por propaganda intensiva, como não estão hoje muitas crianças cientes daquilo que é a religião cristã e no entanto vão à missa e rezam todas as noites, seriam eles culpados?
Talvez alguns deles até fossem gajos porreiros.

Mas não. Há crimes imperdoáveis e ainda bem que o são.

José Assis, LaResistance
Vive la Resistance!

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